sexta-feira, 8 de julho de 2011

Rússia reclama de má vontade do Brasil e faz ressurgir polêmica da "entregada" no Mundial

Técnico Vladimir Alekno alfinetou Bernardinho na entrevista coletiva após 3 a 0

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A tranquila vitória por 3 sets a 0 sobre o Brasil na fase final da Liga Mundial não deixou o técnico da Rússia, Vladimir Alekno, feliz. Pelo contrário: na entrevista após o jogo, o treinador demonstrou irritação com a suposta má vontade dos brasileiros na partida, ressuscitando a suposta marmelada protagonizada pelo time de Bernardinho no último Campeonato Mundial, quando o time nacional teria perdido de propósito para a Bulgária para ter um caminho mais fácil na disputa.
Com os dois times já classificados para a semifinal, Bernardinho optou por um time quase todo formado por reservas - o capitão Giba sequer foi relacionado para a partida -, sob a justificativa que cinco jogos disputados em cinco dias seria extremamente desgastante. A Rússia, por sua vez, optou por poupar apenas dois atletas.

- Gostaria de dividir o significado desta partida em dois. Primeiro: a classificação final. Segundo: o valor do esporte. Talvez o primeiro não seja tão importante, mas o segundo é. Não quero que os meus jogadores pensem que algumas partidas são menos importantes do que outras. Para mim, você tem que ganhar sempre, não importa que jogo é. Para nós, vencer o Brasil é uma honra.

Além de poupar atletas, o Brasil teve uma atuação bem abaixo da média nesta sexta-feira (8), oferecendo poucas dificuldades para os russos ao longo do jogo. Apesar de o time ter cedido menos pontos em erros que os adversários (21 a 23), Bernardiinho demonstrou muita irritação à beira da quadra. Depois, ele defendeu seus comandados:

- Gostaria de pedir desculpas aos fãs, pois não jogamos bem. No ano passado, esses jogadores foram as estrelas das finais. Talvez, tenham jogado pior hoje, mas eles não são reservas. Tentamos vencer, mas não conseguimos. Quero parabenizar a Rússia, que jogou e sacou muito bem.

Bernardinho ainda falou da necessidade de poupar Giba ("Ele jogou nove partidas seguidas") e de dar ritmo de jogo a Dante e Leandro Vissotto, que sofreram recentemente com contusões.

- Tínhamos jogado duas partidas extremamente difíceis e precisei fazer algumas mudanças. Não somos um time jovem, como a Rússia, então tenho que levar em consideração o fato que vamos jogar cinco vezes em cinco dias. Não tivemos muito tempo para preparar este time, mas espero que amanhã tenhamos mais energia, pois provavelmente vamos enfrentar a Argentina, um time que tem jogado muito bem este ano.

Equipe com pouca tradição no vôlei, a Argentina só não vai terminar na liderança do grupo E (o que lhe faz encarar o Brasil na semifinal) caso aconteça uma combinação de resultados. Itália e Polônia brigam pela vaga restante. O segundo colocado desta chave encara a Rússia.

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